Casas da Corujeira

Recuperação de um conjunto de casas de habitação construídas no século XIX, para os migrantes das terras do Norte do país Este conceito permitiu a um baixo custo resolver o problema da habitação, embora sem condições de higiene e áreas muito reduzidas. As ilhas eram filas de casas, em regra pequenas e térreas, construídas na parte traseira de lotes usualmente profundos, das habitações burguesas, e por vezes em lotes livres de qualquer ocupação. Perante o desequilíbrio entre a oferta e a procura da habitação, as ilhas foram das soluções que melhor se adaptaram à morfologia da cidade, o Porto vivia um clima de euforia industrial que atraiu à cidade populações rurais. A “ilha” foi construtora de uma identidade comum, espaço de resistência e socialização dos mais pobres, elo de familiaridade e acolhimento para com os conhecidos e amigos. Esta recuperação permite usufruir de um ambiente familiar e tradicional da cidade, aliando a arquitetura existente a um novo design, e um melhor aproveitamento das áreas interiores e exteriores.